quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sal


Molhei teus lábios num beijo profundo,
Salgado de mar e doce de ti,
Nos corpos trocados no vil areal,
Dissemos, gritando a raiva ao mundo,
Que o azul oceano onde te conheci,
Era incerto nas vagas do nosso sal.

A espuma que em silêncio me entristece,
Revolta-me e retrocede neste mar,
A nossa força morre em amor proibido,
A madrugada custa-nos mas amanhece,
Na dor das águas límpidas a acalmar,
No tempo em que me quis em ti perdido.

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