...Naufraguei na enseada do destino,
No mar revolto da tua mansidão,
Onde os nossos sentidos aportaram,
Onde os salva-vidas da maldição
Por mais uma vez se atrasaram.
Os sinos dobram no nosso silêncio,
As mulheres rogam por tradição,
As preces diluem-se na tempestade,
Os demónios dançam na rejeição,
Nas vagas, no vagar da nossa idade.
Tenho âncora, a mágoa fundeada
Ao largo da nossa incerteza,
A lua é a testemunha encoberta
Na nuvem da nossa rara estranheza,
Juíza da tua e da minha vida incerta...
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