Numa relação que se começa com alguém surgem sempre as inevitáveis comparações, as do(a) parceiro(a) e as nossas com as inquestionáveis dúvidas. Todos as têem, uns com mais frequência, outros com mais veemência, outros nem por isso... Eu não fujo à regra, tenho as minhas que surgem, quase raramente as procuro, elas surgem ou por um gesto, um lugar, uma palavra, uma música que ouvimos. E tenho a certeza que do outro lado elas também existem, o que será perfeitamente normal. Entendo que numa nova relação não tenhamos que recomeçar nada, mas sim começar tudo, portanto se tivermos que dizer algo que alguém já disse, ir a algum lado onde já alguém já foi, ouvir uma música que alguém já ouviu, ter um gesto que alguém já teve, não terá de ser um dejá vú, pois todos nós somos diferentes, todos nós iremos falar de outra maneira, beijar de outra maneira, dar a mão de outra maneira, olhar de outra maneira. Ao pensar assim penso estar a começar sempre algo novo e diferente e nunca a recomeçar de onde fiquei ou de como eu estava. Nem sempre o ser humano se consegue libertar destes estigmas, mas que vale a pena tentar vale sim, falo por mim próprio, que ainda ontem acabei por ter uma destas comparações...e não só tentei, como consegui ultrapassar essa comparação e voltar a cair na relação nova que tenho e pretendo ser sempre nova, e não cair numa ralação de um recomeço qualquer.
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