São muitas as que deixamos perdidas,
As que o destino deixa marcadas,
Rodam no mesmo sentido das vidas,
Muitas sem serem badaladas,
Ao mesmo ritmo das desperdiçadas.
Apontamos ou marcamos uma,
Esperamos vendo-as a passar,
Contando-as como vida nenhuma,
Olhando para elas sem reparar,
ue passam por nós sem nos esperar.
Somam o nosso tempo,
Sem segundos ou minutos a mais,
Seguimo-las como julgamento,
Onde juízas sem consentimento,
Nos condenam como os demais.
As de sorte e as de azar,
Aquelas em que não contamos,
Aquelas em que temos de ficar,
As que nos pedem e damos,
E as outras em que nunca estamos.
As que chegamos no atraso,
As malditas que se demoram,
As de puro e mero acaso,
s que correm e devoram
O tempo e que não choram.
Nem sempre nos despertam,
As que perguntamos a alguém,
Aquelas que nos deixam no aperto,
Apertando o bater do coração certo,
Deixando-nos aquelas que nos acertam.
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