sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mete Logo.


Uns dirão... mais do mesmo, outros dirão lá vem a conversa de merda outra vez...eu digo que se lixe, vou dizer, aliás vou contar um episódio que se passou à pouco dentro da minha empresa.
Na empresa onde eu trabalho, aliás onde também sou accionista, (tenho duas acções, não se riam, deve ser uma boa e outra má concerteza) tenho um colega que é divorciado, desajuntado( e à beira da reforma) e não sei que mais, nem estou interessado, acho que viúvo não.
Bom mas esta nota introdutória(ia saindo mal a introdução) bolas...(outra vez)passemos à frente... Ele está numa área profissional diferente da minha e numa conversa de corredor entre o vai vem dinâmico dos gabinetes(sim aqui nós mexemo-nos, não parece mas é verdade), oiço este comentário com outro “aspirante” a nosso colega...” sabes que ontem estive a jantar com um amigo e ele indicou-me um site onde as gajas lhe vêm “comer” à mão, mostrou-me algumas dez mensagens de gajas que só falavam em comer, beber, lamber e outras coisas acabadas em prazer... Naquele momento senti que sabia o nome que ia sair daquela conversa...O outro nem teve tempo de lhe perguntar...ouvi o nome e parei...Netlog! Isso mesmo o nome do site é o Netlog.
0 Netlog ao tempo actual, 27 de Junho de 2008 é um site de putas.
É um site onde gajos procuram gajas e vice versa para (se) foderem.
Fiquei a pensar durante uns segundos...o site onde eu me inscrevi, em Dezembro de 2006, para me divertir, onde conheci amigos e amigas excepcionais, onde vim a saber mais tarde estarem pessoas que já conhecia pessoalmente, o mesmo site onde exponho as minhas ideias e me divirto como num café ou num restaurante, onde conheço pessoas que acabo por ir com elas a sítios públicos, (cuidado Why, Bios, e Hábito, mas foi num sítio muito pouco recomendável que vos conheci...) O site onde está a minha mulher, é um site onde grassa a má fama e o putedo...
Ainda lhe disse se não conhecia o HI 5, ainda lhe adiantei que eu estou inscrito nesse site, como estou neste( ele abriu a boca de espanto, eu abri alma do espanto e do arrependimento, confesso) Ainda lhe expliquei que estar aqui ou na rua onde passa ou nos cruzamos com qualquer um é quase a mesma coisa, que quando aqui me inscrevi foi para fazer o que estou a fazer...mas foi em vão...ele enfiou-se com o outro no gabinete e só me apercebi de quanto é injusta e imerecida esta fama quando ele desesperado, não conseguia “copiar” a password e escolher um nick name...para iniciar a sua demanda...
Bom caindo novamente em mim, reparando nos últimos tempos no que aqui se tem passado, reconheço uma coisa e vão-me desculpar a comparação, mas sinto que vivo e que passo todos os dias a caminho de casa ou do trabalho num “bairro” onde alguém deixa entrar o “gado” a “caça” e os respectivos “caçadores”. Vou fazer o quê continuar a viver num “bairro” onde existe má fama?
Qual de nós gostava de viver no Intendente? Portanto o homem tem mais que razão, isto está mal visto, e se com adultos ainda vamos esgrimindo a nossa vontade de mudar e não deixar que se acerquem de nós, quando reparo nos e nas menores de 18 anos (não sei se a pedófilia não andará por perto já)a “ensaiarem” os primeiros passos no Netlog, penso que este site bem podia mudar de nome...para Metelogo ou quem sabe Metenojo...
Tenham um bom fim de semana Hoje também tinha pouco que fazer e deu-me para escrever mais uma merdas...

sábado, 14 de junho de 2008

Linhas.


Nestas linhas bruscas, paralelas, vislumbro a tua coragem,
Levam-me neste trem, onde deixo a minha vida adiante,
Nas tuas mãos eu sigo sem medo de interromper a viagem,
Sem amarguras ou tristezas que me foram uma constante.
*
Embarques, desembarques, a minha outra vida ficou distante,
Estou de mãos vazias, estou pobre, mas não viajo em vão,
Espero-te nesta linha, sem querer mais que um teu instante,
Viajando comigo, descendo a meu lado na mesma estação.
*
Circulo já sem querer a saudade do que foi meu passado,
Prevejo o aço frio deste novo caminho de ferro com sentido,
Prevejo a fantasia de um sem rumo como fui anunciado,
Cerro os olhos para te sonhar, dou-te o meu corpo despido.
*
Em cada paragem deixo-me esvair por me sentir atrasado,
A paisagem faz-me a mudança em tempo que eu acho fugaz,
Felicita-me por estar a caminho e o comboio quase parado,
Desafia-me a esperança e a tua espera que me deixa incapaz.
*
A última estação fica no infinito desta linha que eu imaginei,
És o meu único trajecto, a demora que em nós quis acreditar,
Quem descobriu esta linha férrea foi um amor que eu sonhei,
Um desejo que sobreviveu, um doce querer de em ti viajar.
*
JMC In Redenção

Alguns factos reais.


Este ano vamos ver-nos livres do Bush mas não dos Americanos.
A Manuela Moura Guedes é um dos melhores exemplos de que ter uma boca grande não é sinónimo de dizer grandes coisas.
Não é este ano que o Processo Casa Pia fica encerrado.
Fingir que se é Engenheiro é um óptimo ascensor político.
Na próxima quinta feira teremos uma destas 3 certezas; O Scolari é um óptimo treinador; O Scolari afinal tem é uma vaca do caraças; O Scolari é bom para espalhar merda à mão...
Os combustíveis ainda podem subir esta semana.
Ao fim de 50 anos ainda não consegui vislumbrar uma noiva bonita nos casamentos de Santo António. Ainda não percebi o porquê de um novo acordo ortográfico.
Um dos anúncios da Galp é um bom exemplo de como vai esta Nação...uma cambada de anormais a empurrar um autocarro cheio de ilusões.
O D. Duarte Pio nunca será Rei de Portugal.
Os Metallica já não são o que eram.
A Marisa é uma cantora de Fado não é uma Extra Terrestre.
Ser mulher de futebolista hoje em dia é considerada uma profissão.
Ser ex mulher de futebolista dá direito a um convite para o Dança Comigo.
Ficar em 4º lugar no campeonato nacional de futebol (ainda) não dá acesso à Liga dos Campeões. O Herman José já dificilmente me faz rir.
Soltar gases em público perto da Carolina Salgado pode dar origem a um Best Seller.
O Alberto João Jardim vai continuar a fazer o que lhe dá na real gana.
Quem conseguir ouvir o João Malheiro durante 10 segundos é alguém com um óptimo estômago. Ser Portista em Lisboa é lixado como o caraças.
O crime em Portugal não só compensa...como ainda pode dar recompensa.
A Romana tem sérias dificuldades em passar nos detectores de metais no Aeroporto.
Os Xutos e Pontapés são a melhor banda Portuguesa.
Continuo sem saber quantos livros vendi até hoje.
O Cláudio Ramos e o Castelo Branco por mim podem fazer o que quiserem...ter inveja é coisa feia.
O Verão ainda não começou oficialmente, aguentem-se.
O Vitor Baía é o jogador de futebol com mais títulos no mundo.
. Não tinha nada para fazer, daí ter escrito estas merdas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Epitáfio.


Vejo-me no suicídio que sinto à espreita,
No ódio que me começa no corpo a estropiar,
Não esperem que assista ao meu julgamento,
Na morte digo-te adeus, cobarde maleita,
Perdes-me a vida, como a brisa se perde no vento.
*
Acho as cinzas no vale de sombras enlutado,
Onde me envolvo em seus defuntos odores,
Das campas abertas e epitáfios perdidos,
Onde recordo o silêncio profundo e calado,
De noites mortas e de carrascos vendidos.
*
Mantos de tons púrpura ensanguentados,
Cobrem-me a consciência sem minha vontade,
São altares de pedra fria em templos vazios,
São tempos idos, em tempos por si acabados,
Irmãos que se exterminam nesta irmandade.
*
Oiço o favor fazer do mísero, homem maior,
No fúnebre discurso, de suas vestes enlutadas,
Choram-se lágrimas passadas em falso fervor,
Dão-se as preces na troca de vidas acabadas,
E eu tento a hipocrisia, que me tenta melhor.
*
A soberba invade falsos amigos na denuncia,
A vaidade vai desnudar todas as aparências,
Dás-me a inveja que penetra sem renuncia,
Sem merecer os esgares de condolências,
Transparentes numa lágrima que se anuncia.
*
JMC In Redenção

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Máquina do tempo


A colisão dos tempos é insaciável e a derrota chega devagar,
Os sinais foram dispersos e os anjos nunca aqui estiveram,
Os homens não progridem e os chacais começam a chegar,
Longas vão ser as noites, gélidas de uma estação de abismo,
Ainda agora sucumbiram os algemados, os que não souberam,
Sorrir e dançar na ironia de um destino de fraterno cinismo.
*
Os enigmas sôfregos de um final são apenas um leviano começo,
O meu corpo é devassa nossa e a minha pele o princípio de ti,
Não me recordes desse caos, que é sangue onde eu me esqueço,
Não me dês regras à liberdade, eu sei quem ficará para nos contar,
A máquina do tempo afinal não existe e este meu sonho acaba aí,
Onde os peregrinos se perderam, onde eu vi as mães a chorar.
*
Ensurdeço, as vozes discordantes no uníssono de preces sagradas,
Aos deuses erguem-se as faces lívidas de ser apenas sobrevivente,
Abastadas na esperança que rareia, afastadas de outra condição,
Os senhores de outros, com destino igual nas vidas condenadas,
Babel é a torre sem regresso, é pedra sobre pedra, cimo indigente,
Ruína constante na fraude humana, cálculo despido sem razão.
*
Seguidores de tempos perdidos, descalços de caminho indeciso,
Pérfidas serpentes rastejam no paraíso que de azul nem o céu,
Temo apenas deixar os últimos, os que ficam para o final juízo,
Os que temem os sacerdotes, os templos e o tempo que se finda,
Homens que são lanças, mulheres que nascem atrás de um véu,
Temo o altar do sacrifício, a máquina que é do nosso tempo ainda.
*
JMC.