segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Insanidade.



Vivo no dia em que sinto a alma a trocar-me de corpo,
É este o mesmo dia em que me encerro sem fronteiras,
Sem vontades, ou no respirar de quem chamei de louco,
Sentindo a estranheza de viver no lugar de um morto,
Ou simplesmente ir definhando por já me querer pouco.
*
Já de nada me serve esta porta que mantenho fechada,
Ela sairá invisível, volátil em tempo que me é negado,
Sem preces ou julgamentos e sem uma mera revolta,
Provável insana, bestial enquanto foi cárcere doirada,
Rasgando os sentidos, deixando a minha morte à solta.
*
Não existe domínio, apenas meu ténue esquecimento,
Já não me evita a aproximação à minha demência,
Já a reneguei, estou despido deste preconceito voraz,
Sou nada e não me importa a memória do fingimento,
Sou homem que tudo fez por viver numa vida incapaz.




JMC In Redenção

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