terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ainda outros factos reais. Parte III

Habitualmente nesta altura fazem-se balanços e colocam-se em relevo os factos que mereceram maior destaque durante o ano que está a terminar.
Para alguns de nós existirão factos que nos deixaram boquiabertos, outros nem por isso. Para a Manuela Moura Guedes qualquer um serve para a deixar nesse estado...
Na minha opinião existiram alguns demasiado relevantes, com sequelas irreversíveis na minha personalidade e provavelmente na minha forma de estar num futuro próximo. Um que me deixou particularmente abalado e praticamente sem esperança na paz entre os homens de boa vontade e de pés lavados neste mundo bizarro foi o episódio da bota iraquiana...e nas consequências que poderiam ter advido daí, se ambas(porra logo as duas) não errassem o alvo... Provou-se que todos os Bush têm sorte, ou reflexos, ou será mesmo má pontaria dos jornalistas quando querem “atingir” alguém? No meio deste chulé todo, não só todo o alarde em torno da notícia, mas o pivete mesmo, consegui tirar algumas ilações, conclusões e criar algumas confusões no meu casco cerebral, que últimamente só tem servido para albergar o Tico e o Teco deste frio Invernal. G.W.Bush acabou o mandato quase da mesma forma como o começou, com a razão do seu lado, de que afinal existiam armas (de arremesso) de destruição massiva no Iraque, contrariando assim a opinião pública( e a minha também) que o dava como um grande safado. Será por esta e outras razões que os EUA são grandes? Ou demorámos a perceber que talvez por isso eles tenham o Gates e nós o Portas...se calhar cada um tem o que merece...
O que é sabido e ficará para sempre gravado nos anais(não gosto muito desta palavra, lembra-me sempre o plural de qualquer coisa que não me cheira bem...) da história é que em 2008 existiu um gajo com cara de aparvalhado, com uma “vaca” do caraças ou não...sendo assim, este assunto levou-me a elaborar uma lista das eventuais personagens que eu acredito, que nunca teriam essa sorte e levariam com o chulé pelo menos uma vez nas trombas ou noutro lugar qualquer...
Fidel de Castro seria um, porque adormece habitualmente a meio dos discursos.(isto se entretanto não adormecerem os jornalistas) Xanana Gusmão, outro, porque discursa de olhos fechados. Bill Clinton por ser apanhado provavelmente com a calças em baixo. Hillary Clinton por ter de estar sempre com um olho no Bill. José Luís Zapatero, pela analogia do seu nome deixou-me algumas dúvidas, confesso. Cavaco Silva, nesta altura do ano costuma ser apanhado a comer bolo rei. Robert Mugabe por merecer e por dever uns anos à cova. O Papa Bento XVI, talvez por acreditar em milagres, não se mexesse. Paulo Bento por andar à muito tempo a pedi-las. O Emplastro porque sempre se mete atrás ou à frente de qualquer coisa. Amy Winehouse...por razões óbvias, não sóbrias...claro. Marques Mendes mas só se discursasse sem palanque à sua frente... Acho que a Fátima Felgueiras para não estragar o laqué também não arredaria pé. Cláudio Ramos por estar de cú para o ar... A Maya porque decididamente não acerta em nenhuma das previsões que faz. O Vladimir Putin porque (Deus e a mãe dele me perdoem) é um grande filho de Putin.... Alberto João Jardim porque se não for assim nunca o atingem... A mulher do José Castelo Branco por ter um grau de senilidade bastante avançado. Qualquer grande metragem do Manoel de Oliveira...Ou romance de Agustina Bessa Luís...
Perante isto acrescento que quem inventou o pão com chouriço foi um “chouriço” qualquer...que a Faixa de Gaza com tanto bombardeamento e tiroteio vai passar a chamar-se Faixa de Gaze... José Castelo Branco está interessado em candidatar-se a presidente da Junta de freguesia desta localidade, http://photos1.blogger.com/photoInclude/blogger/1938/3852/1600/picha.gif vá lá saber-se porquê...
Como tenho a mania das trilogias...dou assim esta por encerrada.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Insanidade.



Vivo no dia em que sinto a alma a trocar-me de corpo,
É este o mesmo dia em que me encerro sem fronteiras,
Sem vontades, ou no respirar de quem chamei de louco,
Sentindo a estranheza de viver no lugar de um morto,
Ou simplesmente ir definhando por já me querer pouco.
*
Já de nada me serve esta porta que mantenho fechada,
Ela sairá invisível, volátil em tempo que me é negado,
Sem preces ou julgamentos e sem uma mera revolta,
Provável insana, bestial enquanto foi cárcere doirada,
Rasgando os sentidos, deixando a minha morte à solta.
*
Não existe domínio, apenas meu ténue esquecimento,
Já não me evita a aproximação à minha demência,
Já a reneguei, estou despido deste preconceito voraz,
Sou nada e não me importa a memória do fingimento,
Sou homem que tudo fez por viver numa vida incapaz.




JMC In Redenção