segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Destino

Descobri à uns dias atrás que tenho uma nova etapa da minha vida a percorrer. Essa etapa não tem ainda propriamente uma meta definida, mas tem sem dúvida alguma um propósito durante o seu percurso...ser feliz! Foi como se "ALGUÉM" me colocasse um desafio. Queres arriscar a viver? Queres saber de novo como é bom tentar ser feliz? Eu não estava bem, mas também não estava mal, apenas a atravessar um período da minha vida em que tinha tirado férias de mim... Estava mesmo só a ver passar a vida por mim. Agora que aceitei o desafio, quero inverter os papéis, quero ver-me a passar pela vida, novamente, arriscar, ter algo ou alguém por quem lutar. Cansei-me de estar descansado. Todos nós(pelo menos os que acreditam) temos um ou mais de um destino, ou um destino final. Eu gosto e está a dar-me um prazer enorme desafiar aquele que se me apresenta neste momento. Como alguém diz...nada é por acaso...assim acredito que o meu destino podia estar "escrito" mas não vou ser só o narrador do meu, vou também ser o protagonista principal. Vou escrever a minha história mas a "quatro" mãos. Alguém neste momento está a dar-me o prazer de percorrer essa etapa junto a mim, nem à frente nem atrás, ao meu lado, e quando costumo dizer que por mais que não queiramos,o nosso destino somos sempre nós, neste momento sou mais que um...sou alguém a quem quero dar um outro destino.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rio

No teu olhar percorri este rio imenso,
Este que nas suas águas frias de Inverno,
Nos deixa a imaginar os verdes prados,
E o Outono que nos envolve tão intenso,
O mesmo que nos aquece num amor tão terno,
Deixando para trás amores desencontrados.

*
Este é o rio da nossa vida, a nossa corrente,
Água límpida, cristalina, sabendo a verdade,
Corre doce, chegando em lágrimas salgadas,
Ao mar que tudo quer, amando docemente,
A nós que do amor não perdemos a vontade,
Nem retornar às nossas vidas separadas.

*

É um rio sem margens para o nosso querer,
Alagando suavemente os nossos sentidos,
Serpenteia por entre o vale do nosso amor,
Desce em quedas de água no nosso viver,
Afoga a saudade em que estivémos perdidos,
E todas as feridas que de que já não temos temor.

*

Nele eu imagino o cheiro da terra molhada,
De que tanto tinhas receio de vir a perder,
Imagino o riso dos teus anjos em ti criança,
Sabendo que eras tu que por mim esperava,
Esperei eu pelo dia que nos viu amanhecer,
Trocando o primeiro beijo da nossa esperança.

*

Abro o teu sorriso, as tuas lágrimas de alegria,
São águas revoltas, que descem até mim,
Rosto de menina com vontade de mulher,
Vejo um rasgo no céu, uma estrela luzidia,
Cadente caíu, devagar, bem longe do fim
Deste amor que eu não vou deixar morrer.

Para ti.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sonho sereno.

Tenho um sonho
Tão pequeno,
Que de tão pequeno ser
Faço dele segredo,
Escondo-o,
vejo-o a crescer,
No teu olhar sereno,
Calmo sem medo,
Quem dera não acordar,
No fim desta viagem,
Só, Sem ninguém,
Não consigo sonhar.